Internautas reclamam do SineBahia de Coité

Internautas reclamaram através de e-mails o atraso no atendimento do seguro-desemprego e a equipe CN esteve na agência instalada a Rua Euclides da Cunha e ouviu o desempregado Antonio Lopes de Oliveira, 41 anos, residente na Rua Tancredo Neves, 162, na cidade de Santaluz. Ele queixou -se, que chegou à agência ás 05h30 de terça-feira e foi informado que não tinha mais fichas, sendo orientado seguir até Serrinha, onde abriu recentemente uma nova agência. "Não fui, pois não tinha dinheiro para passagem. Fretei um carro com alguns amigos só até Coité e perdi a viagem e o dinheiro", lamentou Antonio Lopes.

Roberto Ferreira de Oliveira, morador na Rua Vicente Feliciano, 94, na cidade de Valente, contou ao CN que para ser atendido foi necessário madrugar, e de segunda para terça-feira, chegou ás 03h45 da madrugada e não tinha mais ficha, sendo obrigado a voltar no dia seguinte, no mesmo horário e "desta vez tive mais sorte, pois conseguir uma das 15, pois são apenas 15 senhas", afirmou Roberto.

Uma senhora, que se identificou como Ana Maria, moradora no Distrito de Salgadália, disse ao CN que tem pessoas comercializando fichas. "Passam à noite lá, pegam a senha e pela manhã vendem a vaga por R$ 20,00", denunciou.

O responsável pela administração da Agência, Mauricio Ferreira da Silva, disse que desconhece esta prática e mostrou uma lista onde os nomes das pessoas são anotadas por um agente público ás sete horas da manhã, conforme ordem de chegada.

Segundo Mauricio Ferreira, o SineBahia tem uma metodologia, inovadora no estado e entre as mais modernas do país, como destaque a integração entre as ações de capacitação e intermediação, aumentando, com isso, as chances de inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho. "Mas em Conceição do Coité, no caso especifico do seguro desemprego, o sistema é lento e trava muito e o nosso quadro de pessoal é pequeno, formado por funcionários da prefeitura, cedido conforme convênio , daí nós diminuímos de 20 para 15 fichas, pois cada atendimento leva em média 40 a 45 minutos", explicou Ferreira. Ele lembrou que o atendimento é das 08 ás 13hs.

"A demanda é grande, a carga horária é pequena e a região que atendemos é muito grande", justificou Mauricio Ferreira.

Quanto à "venda" das vagas, ele disse que é um caso de polícia e orientou a quem vê tal prática, ligar para o 190 e denúncia a policia militar.