Sem remédio psiquiátrico, doente se enforca

“A culpa de meu filho ter morrido é do Estado”, desabafa a dona de casa Idália Oliveira Modesto, 54 anos, mãe de Fábio Roberto OliveiraModesto, 31. Oex-comerciário sofria de esquizofrenia e, na última sexta-feira, enforcou-se em casa, no bairro da Liberdade, após mais uma forte crise do distúrbio psiquiátrico. Fábio conseguia manter uma vida normal, com a administração de um coquetel de remédios, entre eles a medicação Olanzapina 10 mg. A dificuldade vem do fato de o remédio ser caro (uma caixa com 28 comprimidos custa cerca de R$ 700). Por força da Portaria 2.981, do Ministério da Saúde (MS), datada de 26 de novembro de 2009, o Olanzapina 10 mg deve ser distribuído gratuitamente pelo governo do Estado. No entanto, o fornecimento dos remédios pelo governo tem sido irregular, desde o final do ano passado, como admitem funcionários da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Segundo relatos dos beneficiários, a escassez se dá desde o mês de outubro. No caso específico de Fábio Roberto, a última vez que ele conseguiu obter a medicação, cuja caixa dura um mês, foi no dia 10 de outubro. A partir do mês de novembro, segundo a família do comerciário, ele deixou de tomar o remédio. 

Dilma reúne os partidos ‘aliados’ e não convida o PDT

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Presidenta Dilma Rousseff

Dilma Rousseff reservou o final da manhã desta quarta-feira para uma conversa com lideranças políticas. A agenda oficial da presidente anota que a reunião será às 11h. Vão à mesa os “líderes dos partidos da base aliada na Câmara”. Por determinação de Dilma, o deputado Giovanni Queiroz (PA), líder do PDT, não foi convidado para o encontro. Na votação do projeto do salário mínimo de R$ 545, apenas 16 dos 27 deputados que integram a bancada do PDT votaram com o governo. A exclusão do partido deste primeiro encontro promovido por Dilma após a votação foi recebida como um gesto de retaliação. Vem daí a elevação do tom do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. Em entrevista à repórter Marcela Ramos, Paulinho utilizou linguagem rasteira ao referir-se ao PT. Mandou o partido de Dilma “se foder”. Num artigo levado à página de sua central sindical na web, Paulinho investiu contra a própria Dilma: “Os trabalhadores estão decepcionados com o valor do salário mínimo de R$ 545”, anotou Paulinho.

Gabrielli reclama de sotaque “carioca” de apresentadora de vídeo da Petrobras sobre Terminal

A comunicação da Petrobras vai se ver com o presidente da estatal, o baiano José Sérgio Gabrielli. Ele não gostou nada do sotaque da apresentadora do vídeo institucional exibido pela Petrobras na abertura do evento em que foi anunciada a implantação do Terminal de Regaseificação da Bahia, no Grande Hotel Stella Maris. Segundo suas próprias palavras, a narradora exibiu um acento “excessivamente carioca”. Foi também a percepção da platéia, que sorriu quando Gabrielli comentou o fato no púlpito. O governador Jaques Wagner (PT), que é carioca, acompanhou o protesto balançando afirmativamente a cabeça.

Oposição entra com Adin contra decreto do mínimo

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ACM Neto e Rodrigo Maia

Democratas, PSDB e PPS deram entrada hoje em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) com pedido liminar de medida cautelar no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender os efeitos do artigo 3º e seu parágrafo único da Lei nº12.382/2011, que permite o reajuste do salário mínimo por decreto presidencial nos próximos quatro anos. Depois de protocolar a Adin, o líder do Democratas na Câmara, deputado federal ACM Neto, visitou o ministro e presidente do STF, Cezar Peluso, acompanhado de integrantes da oposição, para explicar a decisão da oposição. “É inegável que definir a política do salário mínimo dos próximos anos por decreto é inconstitucional, então a Adin está muito bem fundamentada e a oposição está confiante de vencer esta batalha no STF. O Congresso não pode ser atropelado”, declarou ACM Neto.

Wagner pede rapidez na liberação da licença ambiental para instalação de terminal

O governador Jaques Wagner (PT) pediu rapidez hoje, na solenidade de anúncio da construção de um Terminal de Regaseificação na Bahia, que a secretaria estadual de Meio Ambiente seja rápida na liberação das licenças para a construção da obra. O governador afirmou ainda, em tom de brincadeira, que “briga” com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, para que ele traga obras para a Bahia, mas que o presidente da estatal é uma pessoa muito “reta”. Wagner disse ainda que pede para que Gabrielli tenha mais emoção do que razão e, de vez em quando, ele traz algumas obras da estatal para o Estado. O governador aproveitou ainda a oportunidade para cobrar a construção de um estaleiro no estado.