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CONDESCO DE VOLTA

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dez são baleados na Grande São Paulo; três morrem

MARTHA ALVES
DE SÃO PAULO




Ao menos três pessoas foram mortas a tiros e sete feridas, na Grande São Paulo, entre a noite de ontem (22) e a madrugada desta sexta-feira. Nenhum suspeito pelos crimes foi preso.
Na zona norte, cinco homens foram baleados na rua Giuseppe Marino, no Parque Novo Mundo, zona norte de São Paulo, por volta das 2h.
Os baleados foram levados ao pronto-socorro do Hospital Vila Maria, onde dois morreram.
Um homem foi morto a tiros em frente a uma casa na rua Catamarca, Vila Buenos Aires, zona leste, por volta das 20h30. Ele foi levado ao pronto-socorro de Emerlino Matarazzo, onde morreu.
Por volta da 1h, outro homem foi baleado na rua Luiz de Oliveira, no Jardim Dom José, na zona sul.
Segundo a PM, homens em duas motos dispararam vários tiros contra a vítima que estava em um carro. Ela foi levada ao pronto-socorro Hospital M'Boi Mirim.
Em Osasco, um homem foi encontrado baleado na Passagem Joaquim Fraga, no bairro Bela Vista, por volta das 21h. Ele foi levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) a um hospital da região.
Outro homem foi baleado por ocupantes de um carro na rua Virgílio, na Vila Humaitá, em Santo André, por volta das 19h. Ele foi levado ao Centro Hospitalar Municipal da cidade.
Eduardo Anizelli/Folhapress
Políciais militares isolam local onde cinco pessoas foram baleadas no Parque Novo Mundo, zona norte de SP; dois morreram
Políciais militares isolam local onde cinco pessoas foram baleadas no Parque Novo Mundo, zona norte de SP
TROCA DE TIROS
Um criminoso foi baleado ao tentar matar um policial militar à paisana, no Jardim Irene, em Santo André, na Grande São Paulo, por volta das 19h30 de quinta-feira (22).
Segundo a PM, o policial estava em uma padaria na rua dos Ciprestes quando três homens entraram no local e atiraram.
O PM trocou tiros e baleou um dos criminosos, que foi levado ao pronto-socorro da Vila Luzita. Outros dois homens fugiram em um carro.

Cachoeira muda visual e passeia em shopping com a mulher Andressa

Vídeo mostra contraventor com cabelos cortados e escurecidos.
No segundo dia após ser solto, ele saiu de casa duas vezes, em Goiânia.



Do G1 GO
Carlinhos Cachoeira aparece com cabelos cortados e escurecidos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi a um salão de beleza e passeou com a mulher, Andressa Mendonça, em um shopping de Goiânia, no segundo dia de liberdade após quase nove meses preso. Na tarde de quinta-feira (22), o casal deixou o condomínio onde mora por duas vezes e, na segunda saída, o bicheiro apareceu de cabelos cortados e escurecidos.


De acordo com um funcionário do shopping, que preferiu não ser identificado, a passagem de Cachoeira e Andressa pelo local foi rápida. Eles comeram em uma lanchonete do segundo piso após terem deixado o salão, por volta das 15h.

Em uma foto tirada logo após Cachoeira deixar a penitenciária da Papuda, em Brasília, na madrugada de quarta-feira (21), o contraventor apresentava cabelos brancos. A imagem foi postada por Andressa em seu perfil na rede social Instagram.

Cachoeira deixou a Papuda após quase noves meses preso. Ele foi condenado pela juíza da 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal a cinco anos de prisão em regime semiaberto pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência, por tentar fraudar o sistema de bilhetagem do transporte público de Brasília. O bicheiro foi solto porque tem o direito de recorrer da decisão em liberdade até o trânsito em julgado da ação (quando não há mais possibilidade de recurso).

Cachoeira com cabelos brancos em foto após
sair da prisão (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Logo que saiu da prisão, Cachoeira seguiu para a residência do casal, em um condomínio de luxo em Goiânia. Logo no primeiro dia de liberdade, ele recebeu diversas visitas de amigos e familiares.

Também na quarta-feira, o Ministério Público Federal (MPF-GO) ofereceu uma segunda denúncia contra o homem acusado de comandar a exploração de jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal. Além dele, 15 pessoas foram citadas pelo crime de contrabando. Os procuradores do caso pediram a prisão preventiva de cinco deles.

A Justiça Federal em Goiás acolheu em parte o pedido e determinou nesta quarta-feira (21) o recolhimento dos passaportes dos envolvidos, em um prazo de 48 horas. Também comunicou à Interpol (Polícia Internacional) que eles não podem deixar o país.

Carlinhos Cachoeira tem até as 18h desta sexta-feira (23) para entregar o passaporte à Justiça. Ele também não pode deixar a cidade sem a autorização prévia do juiz. Oficialmente citado depois de nova denúncia do MPF-GO, o contraventor tem prazo de 10 dias, a partir desta quinta, para apresentar a defesa.

Ao G1, por telefone, o advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, disse que já designou um colega de escritório para entregar o passaporte do bicheiro nesta sexta.

Deputado petista adia novamente leitura do relatório final da CPI do Cachoeira



Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília


O deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, pediu na manhã desta quinta-feira (22) para adiar a leitura de seu relatório final sobre os trabalhos da CPI do Cachoeira, que tinha como objetivo investigar as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos, servidores e empresários. Ontem, a leitura já havia sido adiada para hoje.
O pedido foi aceito pela presidência da CPI e a leitura será feita na próxima quarta-feira (28).
O segundo pedido de adiamento em uma semana foi criticado pelo deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). “A investigação foi pessoal, direcionada e restrita. Só foram poupados os aliados e atacados com veemência aqueles que a sanha persecutória do ex-presidente Lula determinou”, avaliou Sampaio.“Quero pedir que adiemos  a leitura do relatório para a  próxima semana na medida em que estou dialogando com pares sobre o conteúdo do nosso relatório e quero ultimar os esforços necessários de um diálogo possível”, justificou Cunha. 
Apesar da sessão não ter mais atividades para executar hoje, a decisão de Cunha de adiar a leitura começou a ser motivo de uma série de críticas dos integrantes da comissão com discursos duros sobre a falhas do relatório do deputado petista.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), por exemplo, destacou que um grupo de parlamentares da oposição irá  entregar ainda hoje uma representação ao Ministério Público Federal pedindo a abertura de inquéritos para investigar figurões que ficaram de fora da lista de 46 pessoas que o parlamentar petista pediu a responsabilização criminal.
O principal enfoque do texto dos parlamentares da oposição é o pedido de aprofundamento de investigações em relação aos governadores Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Siqueira Campos (PSDB-TO), que não são nem citados no relatório de Cunha.

Calhamaço

O documento de mais de 5.300 páginas foi entregue na madrugada de segunda para terça-feira (21) à comissão e na sessão de ontem teve a leitura adiada por entendimento do presidente e do relator da CPI para que os parlamentares tivessem o tempo regimental de 24h para ler o relatório.
O texto de Cunha propõe a responsabilização criminal de 12 pessoas com foro privilegiado, entre eles: o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); o prefeito de Palmas, Raul de Jesus Lustosa Filho (PT); o ex-senador e procurador do Estado de Goiás, Demóstenes Torres, e o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).
Além disso, o parlamentar também pede o indiciamento de 46 pessoas, entre elas: o próprio Cachoeira; ex-presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish; o ex-diretor regional da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu; a ex-mulher de Cachoeira, Andrea Aprígio, e a atual mulher dele, Andressa Mendonça.
Depois da análise de mais de 69.694 páginas referentes a sigilos bancários, 11.333 folhas relativas a quebras de sigilo fiscal de 75 pessoas físicas e jurídicas e 45.594 páginas de extratos de ligações telefônicas, num total de 1,1 terabyte de informação recebida, o relator identificou indícios para que o Ministério Público Federal apure a responsabilidade dessas pessoas (veja aqui a lista) e tome as medidas judiciais cabíveis.
Os integrantes da CPI têm até o dia 22 de dezembro para analisar o relatório de Cunha, fazer alterações e votá-lo. Se não for possível concluir este processo até o prazo, a comissão pode ser encerrada sem a aprovação de um documento final. 

Com debate entre acusação e defesa, júri do caso Eliza entra na reta final

Depois da apresentação das alegações, o conselho de sentença se reunirá.
Previsão é que julgamento de Macarrão e de Fernanda termine nesta sexta.

Do G1 MG

O julgamento do caso Eliza Samudio entra na reta final nesta sexta-feira (23). A previsão é que a sessão seja iniciada às 9h, no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No quinto dia de júri popular, será realizado o debate entre acusação e defesa.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), primeiramente, o promotor poderá expor seus argumentos. Em seguida, os advogados dos réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e de Fernanda Gomes de Castro, falarão no plenário. Por fim, há espaço para réplicas e tréplicas. Segundo a Justiça, a fase do debate deve durar até sete horas e meia.

Depois que acusação e defesa apresentarem suas alegações, o conselho de sentença se reunirá para decidir se os réus serão condenados ou absolvidos. Macarrão responde por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver. Já a ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes é acusada de sequestro e cárcere privado.

A expectativa do TJMG é que a sentença seja proferida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues ainda nesta sexta-feira, finalizando o julgamento de Luiz Henrique Ferreira Romão e de Fernanda Gomes de Castro.

Macarrão fica sozinho no banco do réus. Fernanda é retirada da sala no momento dedicado ao registro de imagens pela imprensa. O pedido, feito por sua defesa, foi autorizado pela juíza (Foto: Vagner Antonio/Tribunal de Justiça de Minas Gerais)

4º dia
A ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes confirmou nesta quinta-feira (22) boa parte do depoimento dado por Macarrão. A sessão do júri foi encerrada por volta de 17h50.

Fernanda, que se disse inocente das acusações de sequestro e cárcere privado de Eliza e de Bruninho, filho da ex-amante com o goleiro, confirmou que Macarrão usou seu carro, um Gol, por cerca de 20 minutos. Macarrão afirmou em seu depoimento ter levado Eliza de carro até um local indicado pelo goleiro, em Belo Horizonte, onde a ex-amante entrou em um Palio, no início de junho de 2010. "Ele ia levar ela para morrer", disse o réu Macarrão, em depoimento que durou até cerca de 4h desta quinta-feira.

Interrogada durante o julgamento, Fernanda ressaltou que não desconfiou do destino trágico que Eliza teria, "pela calma que ela apresentava" durante o tempo que esteve em Minas. "Só tive conhecimento verdadeiro de que a Eliza foi executada ontem pelas declarações de Luiz Henrique [Macarrão]", afirmou ela, em seu depoimento.

Questionada pela juíza Marixa Fabiane sobre como soube das declarações de Macarrão, Fernanda disse ter sido informada pela imprensa. Ela afirmou que chegou a mentir em seu primeiro depoimento à polícia, mas que depois voltou atrás e pediu desculpas aos delegados. "Estava com medo", ressaltou.


Boato interrompe júri
Um boato divulgado nesta quinta-feira afirmou que o goleiro Bruno teria tentado suícidio dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Minas Gerais, mesma cidade em que o júri do caso Eliza está sendo realizado.

A notícia falsa causou tensão no fórum, onde o júri chegou a ser interrompido por cerca de 20 minutos pela juíza Marixa Fabiane. Ela dispensou os jurados por alguns minutos, por volta de 16h10, e disse a todos no tribunal se manterem em silêncio sobre qualquer notícia ou informação, por já saberem do que se tratava, referindo-se ao boato.

A sessão já havia sido retomada às 16h45 desta quinta-feira.

O boato foi desmentido pela Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais. Segundo a secretaria, o diretor-geral do presídio, Luiz Carlos Danunzio, confirmou que Bruno está bem. A secretaria disse que Danunzio chegou a ir até o pavilhão onde o atleta está para verificar seu estado de saúde. A tensão ocorreu durante o depoimento da ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro.

Do lado de fora do tribunal, o falso boato também causou confusão. Jornalistas cercaram o advogado Lúcio Adolfo, defensor do goleiro Bruno, para saber informações sobre o caso. Ele seguiu para trás de um portão fechado, na entrada do fórum, protegido por policiais militares.

Agressão
Durante o interrogatório, Fernanda disse ter sido informada por Macarrão que a ex-amante de Bruno havia sido agredida pelo primo do goleiro, Jorge Luiz Rosa, num momento anterior ao episódio do carro. O depoimento confirma a versão do amigo de Bruno sobre o episódio. "Ele [Macarrão] e Jorge foram encontrar com Eliza para negociar uma dívida. Ele disse que houve uma briga no carro entre Jorge e Eliza por causa de algo que Eliza teria dito algo sobre o jogador que não agradou Jorge", disse.

A ex-namorada afirmou, ainda, que ficou com o bebê de Eliza por alguns momentos e que chegou a fazer mamadeira para ele, durante o período que coincide com o cárcere privado investigado pelo Ministério Público. "Fiz a mamadeira e troquei a fralda e a criança parou de chorar. Depois disso, subi para o o quarto de Bruno e ele dormiu. Neste momento, não vi a Eliza. Tive vontade de falar com a Eliza, mas fiquei com medo de ela falar meu nome para a mídia", disse. O episódio ocorreu antes do desaparecimento da ex-amante, segundo Fernanda, que ressaltou que Eliza agradeceu por ela ter cuidado da criança.
Desenho mostra Fernanda em interrogatório durante
julgamento em Contagem (Foto: Leo Aragão/G1)

Terminado o depoimento de Fernanda na chamada fase de instrução, em que as provas são apresentadas, terão início os debates, com apresentação de argumentos de acusação e defesa para tentar convencer os jurados.

Bruno ficou 'decepcionado'
O advogado do goleiro Bruno, Lúcio Adolfo, disse que o atleta ficou "decepcionado" ao saber nesta quinta (22) das declarações dadas pelo réu Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, no julgamento do caso Eliza.

Macarrão afirmou, em depoimento à juíza Marixa Fabiane, que à época do caso, ocorrido em junho de 2010, levou a ex-amante do jogador de carro até um local indicado pelo goleiro, em Belo Horizonte, onde a jovem entrou em um Palio. "Ele [Bruno] ia levar ela para morrer", disse.


O defensor, junto com os advogados Francisco Simim e Tiago Lenoir, foi à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, por volta de 11h30 contar a Bruno sobre o interrogatório de Macarrão, que terminou na madrugada desta quinta. "[Ele] reagiu com tristeza, mas entendeu que Macarrão está pressionado", disse. Adolfo reforçou que o goleiro não chorou, mas "ficou chateado, decepcionado, pela amizade que existia entre os dois".

Macarrão relatou à juíza que não sabia o que iria acontecer com Eliza, mas que "pressentia" que a jovem seria morta. Ele afirmou ainda que alertou Bruno sobre o que podia acontecer, mas que o goleiro pediu para ele largar "de ser bundão". "Falou que era para deixar com ele", disse o réu antes de começar a chorar no plenário.

Em entrevista, o advogado Adolfo disse que quer incluir Macarrão como testemunha quando for realizado o novo julgamento do goleiro Bruno, no dia 4 de março de 2013. Ele cogita, inclusive, pedir uma acareação entre os dois.

"A situação de ontem foi atípica, pois o Arteiro [advogado de acusação] ficou em cima do Macarrão", disse Simim, também defensor do goleiro.
Macarrão ouve advogados de defesa durante o júri
(Foto: Maurício Vieira/G1)

'Não sou esse monstro'
Antes de falar ao júri, na madrugada de quinta-feira, Macarrão ouviu a leitura da denúncia contra ele e disse para juíza Marixa que a acusação "em partes é verdade". Ele disse não ter falado, em depoimentos anteriores, tudo que sabia sobre Eliza. "Quero deixar bem claro para a senhora que eu não sou esse monstro que as pessoas colocaram", disse Macarrão. "E hoje eu vou falar tudo que a senhora queira ouvir da minha boca e colaborar com a verdade dos fatos".

Macarrão disse que Bruno conheceu Eliza Samudio durante uma "orgia" e que, tempos depois, o goleiro contou que achava que a jovem estava grávida. O réu afirmou que não levou Bruno a sério, mas que o goleiro iria encontrar Eliza para conversar. Meses mais tarde, o atleta retomou o assunto e confirmou que "a garota estava grávida mesmo".
Eu guardei tudo isso. Eu não aguentava mais, não sou esse monstro que todo mundo colocou"
Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão

O réu disse que Bruno estava estranho ao telefone, no dia 10 de junho de 2010, e que o jogador pediu que ele levasse Eliza Samudio até um ponto da Pampulha, onde teria uma pessoa esperando por ela. "Ele falou que ia...", começou a contar. "Antes de dizer o que ele ia fazer, eu quero dizer que eu disse pra ele deixar aquela menina em paz".

Mais tarde, questionado se estava mais aliviado por contar o que aconteceu, Macarrão respondeu: "Eu guardei tudo isso. Eu não aguentava mais, eu não sou esse monstro que todo mundo colocou [...] Se tem alguém aqui que acabou com a vida, foi ele [Bruno] que acabou com a minha vida".

"Graças a Deus eu tirei esse fardo carregado há dois anos das minhas costas. Eu não quis prejudicar ninguém nesse processo", disse Macarrão ao final do interrogatório. "Eu ponho a cabeça no travesseiro tranquilo de que eu fiz tudo para evitar isso [...] Eu não participei".

Júri de Bruno é adiado
Na manhã de quarta-feira, o julgamento de Bruno Fernandes foi desmembrado e adiado para 4 de março de 2013, segundo decisão da juíza Marixa. O goleiro foi retirado do plenário para ser levado novamente para a penitenciária Nelson Hungria. Inicialmente, a magistrada havia anunciado que o novo júri ocorreria em janeiro, mas depois ela afirmou que é difícil conseguir jurados para compor o Conselho de Sentença no início do ano e que fevereiro tem poucos dias, em razão do Carnaval.

O adiamento foi concedido pela juíza a pedido da defesa de Bruno. O advogado Francisco Simim, que defendia o goleiro, apresentou um documento transferindo seus poderes a outro defensor, Lúcio Adolfo. Chamado de substabelecimento sem reserva de poderes, o documento pediu a substituição de Simim por Adolfo, que alegou não conhecer o processo para pedir o adiamento.

Na terça-feira (20), o goleiro Bruno já havia tentado adiar o júri, com um pedido de destituição de seus advogados Rui Pimenta e Francisco Simim. A juíza Marixa aceitou o pedido de saída de Pimenta, após o jogador alegar que não se sentia seguro para continuar com ele, e negou o de Simim.

A juíza afirmou que "não obstante haver claras evidências de manobra, por outro lado também é verdade que o documento que foi apresentado a mim foi de substabelecimento", justificando sua decisão. "Estou acolhendo o pedido da defesa para conceder ao advogado prazo para o conhecimento do processo".